Investigando a lua: as práticas epistêmicas em uma Sequência Didática para o ensino de Astronomia
Metadados
Título
Investigando a lua: as práticas epistêmicas em uma Sequência Didática para o ensino de Astronomia
Ano de Defesa
2020
Grau de Titulação
MA
Autor
Vitor Martins Menezes
Orientador
Patrícia da Silva Sessa
Nome do Programa
Ensino e História das Ciências e da Matemática
Instituição de Ensino
UFABC
Cidade
Santo André
UF
SP
Palavras-Chave
Práticas epistêmicas; Ensino de Astronomia; Modelos no ensino de Ciências; Alfabetização Científica; Lua; Fases da lua.
Modalidade
Regular
Nível de Ensino
EF II
Componente Curricular
Ciências
Público Alvo
Alunos
Problema de Pesquisa
Quais são as Práticas Epistêmicas mobilizadas pelos estudantes durante uma Sequência Didática (SD) de Astronomia e como elas se relacionam com as etapas da SD?
Objetivo Geral
Identificar quais são as práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes durante uma sequência didática de astronomia e analisar como elas se relacionam com as etapas dessa SD.
Objetivos Específicos
1) Desenvolver uma sequência didática de astronomia, com foco na temática sobre as fases da Lua; 2) Construir e propor, com base na literatura e em nossos dados, categorias e descritores para análise e identificação das práticas epistêmicas; 3) Identificar a ocorrência de práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes durante a execução da SD; 4) Identificar as práticas epistêmicas que se destacam e se sobressaem em uma atividade didática em astronomia; 5) Explorar e compreender as possíveis relações entre as práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes e as diferentes etapas e aulas da SD; 6) Explorar as relações entre as práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes e o campo disciplinar da astronomia.
Resumo
O presente estudo se insere numa perspectiva de pesquisa qualitativa, que aborda quatro grandes temáticas: “ensino de astronomia”, “alfabetização científica”, “modelos no ensino de ciências” e “práticas epistêmicas”. Nosso principal objetivo de pesquisa é identificar quais são as práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes durante uma sequência didática (SD) de astronomia e analisar como elas se relacionam com as atividades e principais etapas desta SD e com a construção de modelos. Para tanto, em uma das etapas metodológicas, desenvolvemos uma sequência didática de astronomia cujo o tema central foi a “Lua” e temáticas relacionadas a esse astro (fases da Lua, eclipses e História das Ciências). Aplicamos essa sequência durante aulas de Ciências do 8º ano em uma escola particular localizada na cidade de Arujá-SP. Os dados analisados nesta pesquisa têm origem na coleta de dados realizada durante essa aplicação, que ocorreu por meio de gravações de áudio e vídeo, observação participante, diário de campo e produções escritas dos alunos. A partir das análises, delimitamos a ocorrência de episódios, organizados a partir das três primeiras aulas da sequência, onde o foco principal foram as “fases da Lua”. As gravações audiovisuais foram transcritas e as produções escritas escaneadas, para que a partir disso fizéssemos a interpretação e categorização das práticas epistêmicas mobilizadas pelos estudantes nessas situações. Para tal, elaboramos, a partir dos dados coletados e dos referenciais teóricos da área, nosso próprio conjunto de práticas epistêmicas, acompanhado de descritores para as mesmas. Verificamos que certas práticas são mobilizadas mais vezes em determinada etapa da SD, enquanto que outras começam a ser mobilizadas apenas quando determinada atividade se inicia. Nesse contexto, nossos resultados indicam relações entre a construção de modelos, a mobilização de práticas e as etapas e atividades em desenvolvimento da SD, sendo possível perceber que algumas atividades e/ou etapas da sequência estimulam e incentivam o trabalho de certas práticas epistêmicas em detrimento de outras. Nossos resultados também revelam, brevemente, algumas concepções dos estudantes a respeito do fenômeno das fases da Lua.