A técnica de plastinação no contexto da Divulgação Científica da anatomia humana e contribuições para a Alfabetização Científica
Metadados
Título
A técnica de plastinação no contexto da Divulgação Científica da anatomia humana e contribuições para a Alfabetização Científica
Ano de Defesa
2017
Grau de Titulação
MP
Autor
Ágda da Silva Gera
Orientador
Manuella Villar Amado
Coorientador
Athelson Stefanon Bittencourt
Nome do Programa
Educação em Ciências e Matemática
Instituição de Ensino
IFES
Cidade
Vitória
UF
ES
Palavras-Chave
Divulgação científica; Alfabetização Científica; Plastinação; Museu de ciências; Espaços não formais de educação.
Modalidade
AG
Nível de Ensino
Não se aplica
Componente Curricular
Interdisciplinar
Público Alvo
Alunos
Problema de Pesquisa
Como o conhecimento e aplicação da técnica de plastinação por meio do laboratório de plastinação, implantado junto ao MCV, pode contribuir para a divulgação científica da anatomia humana, promovendo a alfabetização científica do público em geral e dos estudantes, de modo a ampliar-lhes a cultura científica?
Objetivo Geral
Investigar as potencialidades que envolvem o processo de plastinação para divulgação científica da anatomia humana como forma de promover avanços na alfabetização científica e de ampliar a cultura científica.
Objetivos Específicos
1) Avaliar as contribuições para a divulgação científica acerca da anatomia humana, a partir da implantação do laboratório de plastinação no MCV, na perspectiva da espiral da cultura científica; 2) Investigar a montagem e as percepções dos visitantes da exposição “O Admirável Corpo Humano” quanto às peças plastinadas humanas, no contexto da divulgação científica da anatomia humana; 3) Verificar os avanços em alguns níveis da alfabetização científica de um grupo de estudantes do curso técnico em biotecnologia do Ifes campus Vila Velha, cujo tema apresentado no fórum interdisciplinar de cursos foi a plastinação; 4) Construir um produto educacional sobre a técnica de plastinação e o laboratório de plastinação do MCV.
Resumo
A técnica de plastinação, recentemente trazida ao estado do Espírito Santo, foi criada em 1977 pelo Dr. Gunther von Hagens, da Universidade de Heidelberg, Alemanha, surgindo como alternativa para a conservação de peças orgânicas sem a presença de resíduos tóxicos e com durabilidade prolongada, com o propósito de facilitar o ensino de anatomia. A pesquisa tem como objetivo investigar as potencialidades que envolvem o processo de plastinação para divulgação científica da anatomia humana como forma de promover avanços na alfabetização científica e de ampliar a cultura científica. Para isso, foram analisadas duas situações distintas: o resultado alcançado com a exposição das primeiras peças plastinadas no Brasil, apresentadas ao público através da exposição “O Admirável Corpo Humano” e os indícios da alfabetização científica alcançada por alunos de um curso técnico em biotecnologia, que promoveram a divulgação científica da temática plastinação, por meio de uma atividade de ensino interdisciplinar. Os referenciais teóricos utilizados na pesquisa foram Sasseron e Carvalho (2008) para a alfabetização científica e a espiral da cultura científica de Vogt (2003), para descrever a trajetória pela qual o laboratório de plastinação do Museu de Ciências da Vida (MCV) percorreu como promotor da cultural científica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, que usou como instrumento para coleta de dados entrevistas, questionários e gravação de vídeo da apresentação dos alunos do curso de biotecnologia com o tema plastinação. Os participantes da pesquisa são constituídos por dois grupos distintos, o primeiro grupo é representado pelo público visitante da exposição “O Admirável Corpo Humano”, realizada na biblioteca central da UFES, lugar onde foram entrevistadas 19 pessoas, e o segundo grupo é representado por seis alunos do primeiro período do curso técnico em biotecnologia do IFES campus Vila Velha. A análise dos dados evidencia que o conhecimento adquirido sobre a plastinação e a implantação do laboratório de plastinação junto ao MCV, proporcionou uma considerável melhoria na capacidade de promover a divulgação científica através de eventos realizados pelo MCV, contribuindo para que o conhecimento da anatomia humana possa ser levado a um público cada vez maior, podendo ser alcançada a alfabetização científica de forma a ampliar a cultura científica dos capixabas.